Oxidação é o assunto da aula de química do professor Gilton Lyra

No Porto do Recife, os navios podem sofrer com o problema de corrosão, pois o ferro vai estar exposto a uma grande quantidade de sais

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A corrosão e como evitá-la

Um carro enferruja se for deixado sempre ao relento. O casco de ferro dos navios se desfaz se não for raspado e protegido. Estátuas de cobre e de bronze tornam-se esverdeadas com o passar do tempo. Esses são exemplos de corrosão. Ela é uma modificação química dos metais quando expostos à ação do ar e da água.

Em determinadas regiões do solo existem jazidas de ouro e de prata no estado puro, isto é, não combinados com outros elementos químicos. Mas, por mais que se procure, jamais encontraremos na forma pura metais como o alumínio, o cromo, o titânio, o sódio e muitos outros, pois a maioria dos metais existe na natureza na forma de minério. Portanto, para obtermos um metal, precisamos extraí-lo de seu minério, onde ele se encontra combinado com outros elementos, tal como o oxigênio e o enxofre.

Quando um metal é extraído de seu minério e usado para fazer a carcaça de um automóvel, o casco de um navio, um cano de esgoto ou outra coisa qualquer, pouco a pouco ele vai voltando à forma em que estava na natureza, isto é, muda sua constituição química. Isso é a corrosão do metal.

Uma forma de corrosão é a oxidação do metal pelo oxigênio do ar. O resultado é a formação de uma película de óxido na superfície do metal. A película que se forma sobre o alumínio, o níquel, o zinco é tão fina que não podemos vê-la. A película de óxido que se forma sobre o magnésio, o sódio, o cálcio, tende a se partir como casca de ovo, expondo o metal.

A corrosão pode ser também eletroquímica. Essa forma de corrosão, muito mais severa do que a corrosão por oxidação, é comum quando dois metais são postos em contato e a umidade está presente. É o que acontece, por exemplo, com as placas do casco de um navio quando elas são unidas por arrebites de cobre e tudo isso está imerso na água do mar. O ferro vai perdendo elétrons para a água, enquanto se forma na região uma mistura de óxidos de ferro que constituem a ferrugem.

A velocidade da corrosão eletroquímica depende do líquido ou da umidade do ar onde estão os metais. A umidade do ar poluído contém ácido carbônico, enquanto o ar à beira-mar contém cloreto de sódio da maresia. Tanto o ácido carbônico como o cloreto de sódio aceleram a corrosão eletroquímica. Por isso, os carros das cidades litorâneas enferrujam mais depressa. A poluição industrial por dióxido de enxofre corrói o ferro e o zinco muito depressa.

A corrosão pode ser impedida modificando-se as propriedades do metal através de sua combinação com outros, formando as ligas metálicas. Por exemplo, o alumínio torna-se mais resistente à corrosão quando forma uma liga com o magnésio.

Outra maneira de retardar a corrosão é cobrir a superfície do metal com um protetor, que pode ser tinta comum, tinta plástica ou outro metal. O ferro, por exemplo, é geralmente coberto com zinco. A prata e a platina também são usados como protetores, embora também sofram corrosão na presença de compostos do enxofre.

A corrosão também pode ser evitada associando o metal que não queremos corroído com outro de corrosão fácil. Por exemplo, quando o cobre é associado ao zinco, a corrosão acontece no zinco e não no cobre. Canos de ferro submersos são protegidos com barras de magnésio.

Adaptado de Corrosion, Chemistry Background Book.
 

FONTE: PE360 GRAUS

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