Confira a história do porto e das pontes de Recife na aula do professor Lula Couto

 A vida na cidade durante o período colonial é o assunto desta sexta-feira (17) da reportagem de História

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Recife Colonial

Andar pelas ruas do Recife hoje em dia, principalmente no Recife Antigo, nos faz lembrar de uma época muito remota, onde a cidade dava seus primeiros passos para se tornar uma metrópole.

No passado, lá por volta de 1540, o Recife era um simples povoado, uma colônia de pescadores. Com o passar dos anos, a excelente localização geográfica fez do Recife um lugar privilegiado para o comércio entre portugueses e a mais importante capitania brasileira: Pernambuco, comandada pelo donatário Duarte Coelho.

Sendo assim, andar pelas ruas da Cidade ou fazer um passeio de barco, passando pelo centro, por baixo das pontes e chegar aos bairros mais distantes é uma forma de relembrarmos todo esse período do Recife Colonial, aprimorando os nossos conhecimentos sobre as principais características da colonização portuguesa.

Foi no início da colonização que o Recife ganhou grande importância, pois a localização do seu Porto, protegido pelos arrecifes, oferecia as condições mais que necessárias para a expansão das relações comerciais entre  a metrópole, Portugal, e a colônia, Brasil. Nesse sentido, a história da cidade se confunde com a história de sua zona portuária.

A expansão do Recife se deu a partir do seu Porto. Foi esse o percurso do nosso processo de urbanização, do Porto para as regiões mais distantes, onde hoje se localizam os bairros de Casa Forte, Monteiro, Várzea etc. Todos esses bairros foram antigos engenhos coloniais, que produziam muitas caixas de açúcar para abastecer o mercado europeu, através da intermediação da burguesia portuguesa.

Pernambuco, a capitania de maior sucesso comercial da época, estava estruturado com uma economia voltada, principalmente, para a exportação. Havia o Pacto Colonial, que tornava o comércio entre colônia e metrópole exclusivo, controlado por Portugal , de acordo com as normas do mercantilismo.

Nesse contexto, o Brasil foi uma típica colônia de exploração, cabendo as elites colônias o compromisso de preservar o exclusivismo de Portugal, respeitando o Pacto Colonial. Foi com esse objetivo que os engenhos pernambucanos estruturaram sua produção agrícola, baseada na plantation.

Os engenhos colônias reproduziam as características gerais da colonização. A plantation se caracterizava pela utilização da mão-de-obra escrava, pelo latifúndio e pela monocultura. Esse tripé garantia lucros altíssimos para os senhores proprietários, para os comerciantes portugueses e para o reino de Portugal.

Na base da plantation, estava o trabalho escravo. Fator de duas consequências opostas: o enriquecimento de poucos e o sofrimento e a exploração de milhões de índios e negros. O trabalho escravo sustentou o bem estar das nossas elites coloniais e garantiu os lucros da Coroa portuguesa.

FONTE: PE360 GRAUS

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